segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Quando Você Menos Esperar
Entristecida por a vida lhe armar um golpe mais uma vez , a menina de olhos borrados de tanto chorar negando a acreditar que tudo tenha acontecido de novo, se volta contra a porta e vai ate a cozinha em busca da velha faca que sua mãe esconderá dentro do armário de limpeza atras dos vidros de desinfetante que lhe servia como escape para suas dores que nunca se vão , mas que novas dores sempre a visitavam de vem em quando.
Com a faca na mão pensando em como tudo foi tão injusto, e por que ela falhava tanto quando confiava em alguém
- Por que é tão difícil confiar ? por que alguém faria isso comigo ? por que sempre se vão ? por que a fazem se apaixonar e se sentir viva se no final não importa oque ela faça sempre se vão. a matando aos poucos levando o poco de vida que ainda lhe resta?
A casa estava vazia e o único som que se podia ouvir era um choro baixinho que vinha do corredor .
A menina iludida sozinha , já não tinha mais forças nem pra chorar . A pobre menina com a faca de cozinha entre as mãos segurando-a diante a seu peito pressionando aos poucos tentando criar coragem para acabar com a agonia que a vida lhe dava .
Sua pequenas mãos começaram a tremer e com medo apertou os olhos deixando escorrer toda a lagrima que em seu olho juntava e foi em vão pequenas gotas caiam no chão , e num arfar seu corpo todo se estremeceu em um arrepio de medo que fez com que a faca caísse e lhe desse um corte em sua coxa direita fazendo uma ferida se abrir .
Sem demostrar dor ela ficou a observar em como o tom de vermelho do sangue em que brotava de seu corte contrastava com a cor de suas coxas brancas . a gota escorreu formando uma linha vermelha em sua perna passando pelos joelhos da menina .
-Todos que por uma infeliz coincidência que já ousaram me dizer que nunca me deixariam por azar no fim me deixaram!
-Malditos !! As pessoas deixaram de se importar e se aproveitam daqueles que ainda hoje ousam sentir.
- E é isso que eu faço me apego me iludo e depois sofro por que no final de tudo ninguém é o que parece .
Com raiva a menina se levanta pega a faca que havia caído , fecha os olhos tentando esquecer toda a raiva , mas nada adiantou somente linhas por toda a perna foram aparecendo elas trasbordavam sangue, então ela jogou a faca para longe manchando o chão branco com gotas de seu sangue.A dor física já não anulava seus problemas internos , eles ainda estavam la fazendo-a lembrar de cada detalhe .
De frente ao espelho ela se olhou por um bom tempo aos poucos tirando a roupa ela queria se ver por completo cada detalhe de sua imperfeição quando viu todas as marcas que ela mesmo havia lhe causa e percebeu que era linda como era! mesmo que seu corpo não agrada-se a todos , mas por um momento aquele momento! ela não viu defeitos mesmo com tantas cicatrizes com tantas marcas, então levantou a cabeça e viu seu belo rosto de que tanto era elogiado.
- Sempre elogiam meu rosto como se eu não tivesse nenhuma outra beleza !
Ela sorriu quando pegou a faca novamente , o primeiro corte foi em teus lábios pequenos carnudos inocentes. O sangue então escorria mas ela não ligava , não ligava para a dor ! corte a corte a pobre menina ia retalhando teu belo rosto , cada vez cortes mais fundos .
Seu rosto estava coberto por sangue , tuas mãos estavam tremulas foi quando a garota então se deu conta do que acabara de fazer consigo e no desespero e arrependimentos enfiou a faca em teu abdômen sem pensar e caiu para traz esbarando sobre a cama sem soltar nenhum som.
"Silencio"
Tua boca não dizia nada não soltava nenhum som, não proferia nenhuma palavra se quer!
Não era preciso , em teus olhos podiam se ver o desespero e a tristeza e o pedido de ajuda que ela nunca proferiu ate que por fim Teus olhos foram se fechando leves e cansados como se fosse dormir , descansar por fim.
Tudo acabou.
~Tábata Cristina
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