domingo, 4 de novembro de 2012

A menina e a Estrela



E no desespero de fugir de tudo aquilo que te magoava a menina corria em direção ao parque  que ela sempre usava como  escape .Era só até onde ela conseguia correr! pois o medo de ir alem, não a deixava seguir em frente .


 A menina ficou ali por alguns segundos parada em frente aquele portão  meio torto que dava de entrada para a parte da pista de caminhada do  parque, tudo estava tão escuro e vazio. Então  enquanto ela adentrava ao parque olhando para todos os lados os mosquitos a perturbavam batendo em seu rosto.

Com os olhos já borrados do rímel do dia anterior, e as bochechas rosadas por ter corrido até ali fugindo de tudo que lhe magoava, ela seguiu  andando por aquele parque totalmente escuro que mal dava para ver seus pés. enquanto aquele vento gelado batia em teu  rosto fazendo a arfar deixando com que um favor saísse de seus lábios que já estavam secos.

Limpou as lagrimas já secas do rosto com a manga da camiseta, que mesmo sendo  comprida era fina demais que fazia com que os pelos de seu braço se arrepiacem quando o vento gélido tocava tua pele. Olhando para os lados ela tentava enxergar algo alem dos malditos mosquitos que viviam tentando entrar em seus olhos, mas não havia nada tudo estava um breu! ali havia  somente as arvores e o barulho do trem passando longe e dos grilos.

Quando se deu conta que estava realmente sozinha naquele parque que antes lhe era tão familiar, mas que agora lhe parecia tão obscuro e que lhe metia medo. O som do silencio a fazia arrepiar. O medo ali já estava presente, quando um calafrio lhe passou pelo corpo todo fazendo-a tremer, Ela sentia como se houvesse alguém a te espiar , observando teus passos. Ela se virava totalmente ao seu redor dava pequenas voltas tentando enxergar mas só via as sombras das grandes arvores e escutava o barulho de grilhos e da relva , de resto tudo estava silencioso demais deixando aquele local amedrontador como se algo de ruim lhe fosse acontecer .

Com medo a menina disparou em direção as luzes que davam a saída do parque, de lá ela poderia ver a grande avenida que  ficava perto da estação de trem da cidade, mas ela estava longe era quase do outro lado do parque ela teria que atravessar a grande parte do parque que era rodeado de arvores deixando o centro todo aberto, Em  algumas partes a pista de caminhada parecia  um labirinto passando por entre as grandes arvores ela teria que fazer este trajeto, oque fazia tuas mãos pequenas e frias tremerem .


Ela então começou a andar rápido dando pisadas fortes, querendo chegar rápido do outro lado, mas a agonia e o medo lhe fazia olhar varias vezes para traz e em seu redor, seu coração desparrava a cada olhada que ela dava para traz rezando para que ela não avistasse nada. Depois de andar  por uma boa parte do parque a menina já se mostrava cansada mas ela não parava.

Da onde a menina estava já dava para ver as luzes dos potes da rua mais próximos e começou a andar mais rápido ansiosa por chegar ate alguma luz . Quando um barulho a fez se virar e parar encarando uma grande arvore, mesmo com medo a menina ficou parada ali tentando observar de onde teria vindo o barulho que havia escutado. Ela não escutava nada somente sua respiração falhando pelo cansaço então uma gota se suor escorreu por sua testa,  menina  estava cansada mas o medo que sentia não fazia ela se importar com o frio.


 Mas sua face mudou quando dentre os galhos da arvore ela viu um vulto se mexendo rápido como se fosse pular da arvore para lhe atacar. Ela ficou tão amedrontada que não havia um modo para descrever a expressão de seu rosto.

Quando viu do se tratava o vulto, a menina mesmo cansada disparou corrida para a areá de campo livre! do parque tentando fugir e se esconder por entre as arvores,mas ela sentia que aquele vulto lhe perseguia.

Sem olhar para traz ela correu como nunca havia corrido antes, mas sentia que aquela figura estava prestes a lhe alcançar! mas mesmo assim a menina não desistia tentava correr mais rápido que  podia mas não conseguia sua pernas estavam parando sozinhas e no desespero ela tentou gritar clamando ajuda mas sua voz não saia o ar mal  entrava em seus pulmões de tão cansava que ela estava.


Foi quando desistiu de correr que ela sentiu algo a perfurar  próximo a sua barriga ela não sentiu dor! talvez pela adrenalina somente sentiu um queimar, e logo em seguida viu a figura tapar sua boca e lhe derrubar ao chão onde sentiu a grama molhar a camiseta fina que ela usava. 

Ah pobre menina já fraca sentia teu sangue jorrar quente pelo teu corpo enquanto a figura, que ela mal conseguia ver, subia por sima do teu corpo e começava a abusa-la, ela foi estrupada ali , no meio do parque. No mesmo parque que ela sempre fugia quando queria fugir do mundo no mesmo parque que nos dias de domingo via as crianças andando de bicicleta e observava seu irmão mais  novo subindo naquelas arvores e rindo para seus pais.

A menina já muito fraca balbuciava ajuda, mas parecia que a figura macabra queria escutar isso, queria que ela lhe implorasse  pela vida enquanto ele a abusava ferozmente.


A menina tão jovem sentindo que não sobreviveria   olhou para o céu, e tentou avistar uma estrela brilhante até que ela avistou uma então ela ficou com olhos abertos focando toda tua atenção para aquela estrela que brilhava enquanto o ardor  próximo a tua costela lateja com o peso do ser  monstruoso  que lhe abusava. 

Ela fico parada observando a estrela enquanto sentia as lagrimas ainda quentes escorrendo pelo seu rosto sem parar, e o peso do homem covarde por cima do seu frágil corpo.

Ele não proferia nenhuma palavra ela só escutava seu gemidos  do mostro que lhe abusava, mas a menina mesmo  fraca e sem conseguir se defender tentava colocar todo  teu  foco na estrela, então ela piscava varias vezes fazendo as lagrimas cada vez mais escorrerem pelo teu rosto gelado, enquanto  ela morria aos poucos . 


E era isso que ele queria! abusar dela vendo a morrer aos poucos, vendo o  desespero da  menina o mostro gemia.

Antes que sua vida se fosse a menina já enfadigada com a morte a caminho, lutava tentando continuar com os olhos abertos focando a visão na estrela que brilhava no céu daquela noite fria. 


Quando ela ouviu um urro e segundos depois como um animal sentiu o peso do mostro que tinha lhe abusado se levantar e sair correndo pela noite, ela mal viu as formas do monstro que corria ajeitando as calças, a menina voltou seu rosto em direção a estrela e continuou imóvel.

Quando a garoa fina tocou seu rosto a menina que continuava ali imóvel deus seus últimos suspiros ali olhando a pequena estrela ate que seus olhos foram se fechando devagarzinho, ela já não sentia mais medo, ate que sua vida curta enfim se acabava, e foi num arfar em e um breve suspiro que a morte enfim levou a menina
 que morreu enamorando uma estrela .


"Ainda que haja noite no coração, vale a pena sorrir para que haja estrelas na escuridão. "


~Tábata Cristina

Um comentário:

  1. muito bonito apesar de triste,a sim como avida ... parabéns.

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