sábado, 6 de outubro de 2012

Nuvens


E coloca  tua cabeça apoiada no  vidro do carro e vai  observando o céu,  como o  azul vai  ficando mais atenuado, mais escuro , em  um  degrade que é impossível decifrar com palavras o  jeito que as nuvens vão  se  separando  ate desaparecer e ficar escuro por completo, e tão lindo  e  tão  triste ao  mesmo  tempo. 

Esses  fins de tardes em que não  se acontece nada de mais,  mas me fazem  lembrar  de despedidas daqueles dias  bons em que agente sabe que só  acontece  poucas vezes e fica  uma sensação  boa  no  começo  do  estomago  com  uma anciã de quero  mais, e passa na minha cabeça que sempre irei  ver  o  por  do  sol , mas isso  realmente  não  acontece mas as raras vezes em  que  observei  o  ceu  e do  nada pensei  em  tudo , vinha sempre  um  alguém  em minha mente. 

Mas a sorte de  minha vida ainda estar  por  vir,  talvez em  um  futuro  mas não  quero  que aconteça  logo  não,  não  quero  nada apresado ,quero  tudo  no  momento  certo. um passo de cada vez como  diz  minha mãe com  aquele tom  que toda mãe diz. aquele tom  de quem  já  viveu  muito  e que sabe que nem  sempre as coisas  são  do  modo  que esperamos . mas espera! não fugi  do  contexto não  tudo  isso  que disse tem  muito  haver com  esse fim  de tarde  de  hoje . 

Assim  como  as  nuvens as pessoas vão  mudando  também , e nessa minha fase em  que  me torno  adulta de verdade  vim  reparando  em  como  as pessoas em  minha volta são  como  nuvens umas mudam  de  formas , outras se escondem  umas se afastam , umas se escurecem e vão  para  um  lado  escuro  mas as que me trazer tristeza são  as  nuvens que se  vão  e  jamais  voltam. 

~ Tábata Cristina 

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